domingo, 18 de abril de 2010

Diálogos do Cotidiano - Proposta Inicial

Partindo do pressuposto de que somos cidadãos livres e que podemos com nossas opiniões e vontades influir nos acontecimentos de nosso dia a dia, trago neste blog a proposta de estabelecer um variado e amplo diálogo sobre assuntos que afetam a grande maioria das pessoas ou um grande número de pessoas de nossa sociedade.

Não há pré-condições nem pauta especificada. Apenas um começo.

No entanto, esta proposta é bastante ambiciosa. Acredito que através destes diálogos poderemos gerar consensos que nos levarão a agrupamentos de opiniões e quiçá ao poder de influir na própria sociedade.

Existe um dito bastante antigo que diz: “Se quizeres compreender o mundo, leia um livro. Se quizeres mudar o mundo escreva um livro.” Não temos a ambição de escrever um livro. Mas desabafos, reivindicações ou simples indagações, sim estão ao nosso alcance.


1º Assunto:

O Trânsito Urbano e o Sofrimento ou Curtição dos Cidadãos nele Inseridos

Todos os dias uma imensidão de pessoas nas regiões metropolitanas, sofre com os engarrafamentos.

Existem inúmeras esquinas e cruzamentos mal sinalizados e pelo número de veículos que ocupam as filas das vias que se cruzam não é possível simplesmente considerar a preferência estabelecida nos códigos. Então surge a necessidade dos motoristas decidirem por si próprios se vão passar o vão deixar o outro passar primeiro.

É aqui que as minhas indagações começam. Nestes cruzamentos se vê de tudo. Mas sinto que há uma predominância de comportamento. Quase todos pensam “eu vou passar, se possível primeiro”. E vamos metendo o carro... Há um “costume” de preferencial. Os da via “secundária” esperam e esperam e esperam até a exasperação quando então, pressionados pelas businas de trás ou por sua própria impaciência, metem o carro disputando com os da outra via o seu pedaço de avanço. Esta disputa por espaço, se vê também nos ônibus contra veículos menores, e seguindo-lhes os exemplos, se vê nas caminhonetas ditas utilitárias, - que em nosso país em vez de utilitárias são é instrumentos de vaidade -, usando a nem tão ultrapassada lei do mais forte. Quem passa primeiro sou eu, equivalente a dizer, quem pega primeiro o espaço sou eu e daí quem pega (tudo o que eu puder) primeiro sou eu. E há também exemplos pós-modernos: Já experimentaram disputar um cruzamento com uma mulher jovem? Não admira que o trânsito seja hoje chamado de barbárie.

Será o trânsito ou será toda a sociedade?

É este o trânsito que queremos? É esta a sociedade que queremos?
Regulação de trânsito é o que não falta. Por muitos anos ainda vamos conviver com mais carros e veículos do que nossas vias comportam. Parece que a margem do possível está ainda nos próprios cidadãos que deverão pagar na forma de impostos as possíveis soluções ou contribuir para combater a barbárie com algum tipo de atitude ou hábito ou conduta que não será só na hora dos deslocamentos, mas nas conversas com os filhos, com os colegas, com os parentes, com os amigos e humildemente como proponho, neste blog.

Sejam todos bem vindos.

Eduardo de Medeiros. 18 de abril de 2010.